quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Poveirinhos.

Poveirinhos! meus velhos Pescadores!
Na Agua quisera com Vocês morar:
Trazer o grande gorro de três cores,
Mestre da lancha Deixem-Nos Passar!


Far-me-ia outro, que os vossos interiores,
De há tantos tempos, devem já estar
Calafetados pelo breu das Dores,
Como esses pongos em que andais no Mar!

Ó meu Pai, não ser eu dos poveirinhos!
Não seres tu, para eu o ser, poveiro,
Mail’Irmão do «Senhor de Matosinhos!»


No alto mar, às trovoadas, entre gritos,
Prometemos, si o barco fôri intieiro,

Nossa bela à Sinhora dos Aflitos!
  • Análise do poema:
O tema desta composição poética são os pescadores e o seu assunto consiste no facto do sujeito poético louvar os pescadores através da enunciação do desejo de querer ser um deles. O poema tem um tom melancólico. Os recursos expressivos aqui apresentados são: a apóstrofe (''Ó meu pai''); a metáfora (''Na água quisera com vocês morar''). Apresenta um tom coloquial e um vocabulário popular. 

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