É a primeira das três grande crónicas de Fernão Lopes. É também a primeira crónica régia com características próximas das que definiram o género, cultivando nesse século e nos dois seguintes. Foi impressa pela primeira vez em 1737 em Lisboa.
Foi com esta que o cronista começou a praticar mais efetivamente o seu modo original de contar e de estruturar a narrativa. Dos reinados anteriores existiam esboços de textos nas vastas compilações trecentistas.
Esta Crónica inicia com o retrato do rei, descrevendo os seus e falando do facto de D.Pedro I ser um defensor da justiça. Fala também em Inês de Castro gloroficando-a e lembrando que o rei, ao punir os aglozes que jurara perdoar diante de seu pai, perdeu a boa fama que tinha junto ao povo.
Nesta crónica o povo é já uma personagem coletiva.
Os materiais que esta crónuca aproveitou atestam a escassez de fontes de que o autor dispunha relativamente ao reinado de D.Pedro I e, por consequencia, a habilidade do historiador na organização de fragmentos documentais diversos, que vão desde as histórias semilendárias que se avolumaram em torno da conceção, de justiça do soberano, até aos livros de chancelaria régia, atas, cartas, e até alguns períodos de Pero López de Ayala na Crónuca del Rey Don Pedro.
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