quarta-feira, 16 de março de 2016

Classicismo.

É um período literário que surgiu no Renascimento. Foi um período de transformações culturais, politicas e económicas. Refere-se ao mundo à valorização da Antiguidade Clássica. 

  • Características do Classicismo:

  • Racionalismo: a razão predomina sobre o sentimento, ou seja, a expressão dos sentimentos era controlada pela razão.
  • Universalismo: os assuntos pessoais ficaram de lado e as verdades universais (de preocupação universal) passaram a ser privilegiadas.
  • Perfeição formal: métrica, rima, correção gramatical, tudo isso passa a ser motivo de atenção e preocupação.
  • Presença da mitologia greco-latina
  • Humanismo: o homem dessa época se liberta dos dogmas da Igreja e passa a se preocupar com si próprio, valorizando a sua vida aqui na Terra e cultivando a sua capacidade de produzir e conquistar. Porém, a religiosidade não desapareceu por completo.

  • Principais autores: Luís Vaz de Camões.

Humanismo.

É uma época de transição da Idade Média para o Renascimento. É nesta altura em que o ser humano passa a ser valorizado. É também aqui que nasce uma nova classe social: a burguesia. Com o aparecimento desta nova classe social, foram-se criadas novas cidades e novas leis.
As Grandes Navegações trazem ao homem confiança na sua capacidade e vontade de descobrir coisas novas. A religião começa a decair e aparece o antropocentrismo em que o homem é o centro de tudo.
O Humanismo manifesta-se no teatro, poesia, prosa e algumas obras.

Fonte: 
http://www.infoescola.com/literatura/humanismo/

Amor é fogo que arde sem se ver.

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões
https://www.youtube.com/watch?v=aoND1ewxRak


Esta composição poética é um soneto pois tem catorze versos distribuídos em duas quadras e dois tercetos de versos decassilábicos. Este soneto fala sobre o amor, em que o sujeito poético tenta definir o amor acabando por o definir pois apresenta 11 definições. 

Renascimento.

Renascimento, Renascença ou Renascentismo são os termos usados para identificar o período da História da Europa aproximadamente entre fins do século XIV e o fim do século XVI. O período foi marcado por transformações em muitas áreas da vida humana. Estas transformações são evidentes na sociedade, cultura, politica, religião e economia. 

  • A arte.
  • A Pintura.
No Renascimento aparece uma maneira nova de representar a natureza, através do domínio sobre a técnica pictórica e a perspectiva que cria uma ilusão de espaço tridimensional numa superfície plana. As cores escolhidas também ajudam a ''ilusão'' que é criada. Os quadros do Renascimento são pintados a óleo e dão maior ênfase á realidade e a durabilidade do quadro/ obra.
A pintura Renascentista inclui-se nas obras de cenários arquitectónicos e na naturalidade e realismo do corpo humano.




  • A Escultura.
A escultura é uma forma de expressão artística que, no sentido humanista, melhor representa o renascimento. Tal como na pintura, a escultura mostra uma naturalidade e realismo do corpo humano. Em tempos, a escultura era apenas usada para decoração nas paredes ou capitéis, mas depois passa a ser apresentada numa base para mostrar a sua beleza.




Ficheiro:StPetersDomePD.jpg


  • A Arquitectura.
A arte renascentista continuou cristã, mas as igrejas adotaram um novo estilo que se caracterisa pela funcionalidade. Os palacios foram construidos de forma plana com uma base, um corpo sólido e um pátio central que tem como função fazer chegar a luz ás janelas. 










Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento#As_artes_no_Renascimento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pintura_do_Renascimento

Vida e Obra de Camões.

Luís Vaz de Camões foi um poeta e é considerado uma das maiores figuras da Literatura Lusófona. Não se sabe muito sobre a sua vida, acha-se que nasceu em Lisboa por volta de 1524. Morreu no dia 10 de junho de 1580. 
É o criador da linguagem clássica portuguesa.
A obra mais conhecida é Os Lusíadas que se divide em dez cantos. É uma epopeia. A epopeia narra a história de Vasco da Gama e dos heróis portugueses que passaram pelo Cabo da Boa Esperança e abriram uma nova rota para a Índia.

Obras de Luís Vaz de Camões:

1572- Os Lusíadas;

Lírica:
1595- Amor é fogo que arde sem se ver;
1595- Eu cantarei o amor tão docemente;
1595- Verdes são os campos;
1595- Que me quereis, perpétuas saudades?
1595- Sobolos rios que vão;
1595- Transforma-se o amador na cousa amada;
1595- Sete anos de pastor Jacob servia;
1595- Alma minha gentil, que te partiste;
1595- Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades;
1595- Quem diz que Amor é falso ou enganoso;

Teatro:

1587- El-Rei Seleuco;
1587- Auto de Filodemo;
1587- Anfitriões.

domingo, 13 de março de 2016

Farsa de Inês Pereira + Biografia de Gil Vicente (Trabalho de Grupo)

SLIDE 1: Boa tarde, hoje vamos apresentar um trabalho proposto pela professora de Português e Literatura Portuguesa. O trabalho é sobre Gil Vicente e a Farsa de Inês Pereira. Esta Farsa segue o mote de: Mais quero asno que me leve que cavalo que me derrube.
SLIDE 2: Poeta e dramaturgo português, Gil Vicente é considerado por muitos estudiosos o pioneiro no teatro de Portugal, chamando-o de “Pai do teatro português”. As obras do poeta marcam a fase histórica da passagem da Idade Média para o Renascimento (século XVI). Pouco se sabe sobre a vida pessoal de Gil Vicente, mas alguns estudos recentes afirmam que há grandes possibilidades de o autor ter nascido na cidade de Guimarães, em Portugal, no ano de 1466 e falecido em 1536.
SLIDE 3: Em primeiro lugar, os outros pastoris, que se estruturam como éclogas encenadas, à maneira de Juan del Encina. Trata-se de diálogos de pastores.
Em segundo lugar, encontramos o teatro religioso, que poderemos caracterizar pelos autos de moralidade.
Em terceiro lugar está a farsa. Na forma mais simples, a farsa reduz-se a um episódio cómico colhido em flagrante na vida da personagem típica.
Em quarto lugar, há a considerar o auto cavaleirescas é o das alegóricas de tempo profano, que oferecem formas variadas.
Esta classificação do teatro vicentino em auto pastoris, moralidades, farsas, autos cavaleirescos, autos alegóricos (de tema profano) não passe de simples tentame aproximativo.
SLIDE 4: Inês: representa uma mulher fútil, preguiçosa e interesseira, que se casa duas vezes apenas para se livrar do tédio da vida de solteira. Não conseguindo os seus objetivos no primeiro casamento, consegue-os no segundo, com o marido ingênuo.
Lianor Vaz: é a alcoviteira, personagem que à época arranjava casamentos, numa sugestão de que a base da família estaria corrompida.
Mãe: apesar de dar conselhos à filha, acha importante que ela não fique solteira e se torna cúmplice das atitudes dela.
Pêro Marques: é o marido bobo. Apesar de ser ridicularizado por Inês, ele casa-se com ela e deixa que ela o maltrate e o traia.
Escudeiro: Preocupado em arrumar uma esposa, finge e engana, criando uma imagem de "bom moço"; revela-se depois um tirano, e deixa Inês presa em sua casa; é morto por um pastor.
Moço: era o criado do escudeiro. Era pobre, pois não era pago pelos seus serviços, e criticava e denunciava a pobreza do escudeiro. Após a morte do amo, ele lamenta-se e liberta Inês.
Ermitão: era um velho amigo de Inês que se tornou Ermitão, no fim da história Inês usa-o para trair Pero Marques.
Latão e Vidal: judeus casamenteiros que apresentaram o Escudeiro a Inês.
SLIDE 5É composto por dois tipos de texto:
-          Texto principal, as falas dos actores.
-          Texto secundário (ou didascálias, ou indicações cénicas) destina-se ao leitor, ao encenador da peça ou aos actores.
Tipos de caracterização:
• Direta – a partir dos elementos presentes nas didascálias, da descrição de aspectos físicos e psicológicos, das palavras de outras personagens, das palavras da personagem a propósito de si própria.
• Indireta – a partir dos comportamentos, atitudes e gestos que levam o espectador a tirar as suas próprias conclusões sobre as características das personagens.

SLIDE 6: Classificação quanto ao relevo:
- protagonista ou personagem principal
- personagens secundárias

- figurantes

Crónica de D. João I

Esta crónica foi impressa em 1644, também escrita por Fernão Lopes.
Está dividida em duas partes:
  • 1ª parte: Situa-se no curto periodo de cerca de dezasseis meses que vai do assassinado do conde Andeiro, em dezembro de 1383, á aclamação do Mestre de Avis como rei de Portugal, nas cortes de Coimbra, em abril de 1385.
  • 2ª parte: Transporta-nos de abril de 1385 até 31 de outubro de 1411 (há apenas, na fase final, referencia a alguns episódios posteriores a esta data) e corresponde portanto à historia do conflito entre Portugal e Castela, desde as cortes de Coimbra até á assinatura do tratado de paz.

Crónica de D. Fernando.

Esta crónica foi também escrita por Fernão Lopes. Foi escrita entre 1440 e 1450. É a segunda das três grandes crónicas de Fernão Lopes. A crónica relata as Guerras Fernandinas com o reino de Castela, a Sucessão e o Grande Cisma do Ocidente.

  • As Guerras Fernandinas: Disputa do trono de Castela entre Fernando I de Portugal e Henrique II de Castela (e mais tarde, o filho de Henrique II, João I de Castela)
  • A Sucessão: Crise de sucessão, quando D. Fernando morre.
  • Grande Cisma do Ocidente: Crise religiosa que ocorreu na Igreja Católica de 1378 e 1417.


Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%B3nica_de_D._Fernando

https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerras_fernandinas 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Cisma_do_Ocidente 

Crónica de D. Pedro I.

É a primeira das três grande crónicas de Fernão Lopes. É também a primeira crónica régia com características próximas das que definiram o género, cultivando nesse século e nos dois seguintes. Foi impressa pela primeira vez em 1737 em Lisboa.
Foi com esta que o cronista começou a praticar mais efetivamente o seu modo original de contar e de estruturar a narrativa. Dos reinados anteriores existiam esboços de textos nas vastas compilações trecentistas. 
Esta Crónica inicia com o retrato do rei, descrevendo os seus e falando do facto de D.Pedro I ser um defensor da justiça. Fala também em Inês de Castro gloroficando-a e lembrando que o rei, ao punir os aglozes que jurara perdoar diante de seu pai, perdeu a boa fama que tinha junto ao povo.
Nesta crónica o povo é já uma personagem coletiva.
Os materiais que esta crónuca aproveitou atestam a escassez de fontes de que o autor dispunha relativamente ao reinado de D.Pedro I e, por consequencia, a habilidade do historiador na organização de fragmentos documentais diversos, que vão desde as histórias semilendárias que se avolumaram em torno da conceção, de justiça do soberano, até aos livros de chancelaria régia, atas, cartas, e até alguns períodos de Pero López de Ayala na Crónuca del Rey Don Pedro.